FIM DE LINHA PARA O CANOAS VÔLEI NA TEMPORADA 2012/2013

O Rio Grande do Sul, infelizmente, está fora das semifinais da Superliga Masculina de Vôlei na temporada 2012/2013. O Móveis Kappesberg/Canoas perdeu o terceiro jogo das quartas-de-final para o SESI/SP, e foi eliminado da competição. O placar foi de três sets a zero para os paulistas: 25/23, 26/24 e 25/21. O Canoas chegou a vencer o primeiro jogo da série, em São Paulo, no dia 9, mas perdeu em casa a segunda partida (os dois jogos terminaram em três sets a dois), contestando muito a arbitragem, e com a derrota deste sábado, sai da competição.

O Canoas recolocou em evidência o vôlei gaúcho no cenário nacional. O estado não disputava a Superliga desde a temporada 2010/2011, quando a SOGIPA, de Porto Alegre, foi o representante gaúcho na competição. Começou com o nome de APAV/Canoas (APAV: Associação dos Pais e Amigos do Vôlei), logo após recebendo o apoio-master da Móveis Kappesberg, que passou a dar nome ao time, que conta com Paulão, campeão olímpico na Olimpíada de Barcelona, em 1992, como treinador, e nomes como o de Gustavo, que estava na equipe que foi medalha de ouro em Atenas, em 2004. Um time experiente, com qualidade, que fez frente para grandes equipes do vôlei nacional, como o próprio SESI, o RJX, o Sada/Cruzeiro, que é o atual campeão, dentre outras. Uma equipe que tem como lema a seriedade, a competência e a paixão pelo vôlei.

A prefeitura de Canoas aprovou de imediato o projeto, e a população da cidade ''abraçou a causa'', sempre com presença maciça no Ginásio Poliesportivo La Salle, seja no Estadual de Vôlei (que a equipe conquistou sem perder um set) ou na Superliga. Esta união entre empresários, poder público e os moradores canoenses, juntamente com a força e técnica do time, fizeram com que o projeto engrenasse. Que sirva como modelo para outras cidades do estado apostarem mais não sô no vôlei, mas no basquete, no handebol, no futsal, em outros esportes, fora o futebol. Que façam, através disso, inclusão social, despertando nos jovens, principalmente, vontade e desejo de representarem a cidade, o estado, o país nas grandes competições. Que sirva de incentivo para que surjam novas e eficientes equipes, porque é triste ver um Estadual com somente QUATRO participantes, assim como foi o Estadual de Basquete. É muito pouco para o que representa o Rio Grande do Sul não só no esporte, mas no cenário político, agrário, econômico no país. 

Há um projeto capitaneado pelo campeoníssimo Jorginho Schmidt, campeão nacional pela Frangosul/Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo em 1994/1995, e pela ULBRA/Diadora, em 1997/1998, e ULBRA/Pepsi 1998/1999, de fazer um time para disputar a Superliga Masculina em Santa Maria. Está em análise uma série de questões, como a de patrocínio, principalmente, e a prefeitura vê com bons olhos o projeto. O ginásio do Clube Dores, na rua Bento Gonçalves, seria a sede dos jogos da equipe. Espero que dê muitíssimo certo, e que novos projetos surjam em Uruguaiana, em São Borja, Alegrete, Passo Fundo, Santo Ângelo, Bagé, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Erechim, em todas as cidades do estado para, definitivamente, voltarmos a ter a hegemonia do voleibol brasileiro.

Fiquei orgulhoso como torcedor, telespectador e narrador que fui de alguns jogos pela Rádio Estação Web, a única emissora que apoiou a equipe e esteve junto em todos os momentos. O Canoas chegou longe, está de parabéns por isso, e espero que o projeto siga com mais e mais vitórias.