Feneceu hoje a greve dos professores da Rede Estadual de Educação do Rio Grande do Sul. A reunião que acatou tal decisão ocorreu à tarde, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Após o ato, os educadores deixaram cartões vermelhos colados nos flancos e na frente do Palácio Piratini, com recados para o governador Tarso Genro. Mas não pense que a luta contra as mudanças no ensino médio e a favor do piso acabou! Ela segue, mas os professores voltarão à ativa. Será feita uma carta à comunidade explicando as razões da greve, denunciando, também, ilegalidades do atual governo.Durante o ato, houve discussão entre professores. Uma educadora discursava pela união da categoria, mas foi repreendida por parte dos grevistas.
A Secretaria da Educação já confirmou o corte do ponto dos professores grevistas (o secretário José Clóvis de Azevedo disse que a adesão foi de quase 2% da categoria) e que as aulas terão de ser repostas. Estima-se também que a greve teria iniciado com 55 escolas no movimento, mas hoje, menos de 30 continuavam paralisadas.
Na segunda metade do mês de março deverá ocorrer uma assembleia.
Como sabido desde o seu início, em 18 de novembro, o movimento era fraco, inexpressivo. Não digo que os professores são inexpressivos, e sim o modo em que estava sendo conduzido, e pelo seu número de adeptos. Durou até mais do que eu esperava. Lamentavelmente, quando a decisão de parar as atividades foi tomada, houve má repercussão e má impressão da sociedade com a categoria, já que ela era radical demais para o momento, embora se saiba da exploração que há décadas é realizada contra os docentes. O fim da greve mostra bom-senso, que o movimento errou o momento de parar as atividades, em uma época tão turbulenta quanto o fim de um ano letivo. O direito de protesto, de reivindicar é correto, mas atitudes extremas não são bem-vindas em certas ocasiões, como esta. É muito complicado, diria quase impossível a concretização do pagamento integral do Piso em um curto, até um médio período. A burocracia é grande no Brasil, assim como as promessas não-cumpridas.
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