Embora em crescimento, muitas (muitíssimas, inúmeras, um gigantesco número de) empresas não querem investir em web rádio. São raras as emissoras que possuem algum apoio e algumas delas, por imaturidade, acabando por perdê-lo, fazendo uma imagem negativa do meio, como se todas agissem da mesma forma. Preferem o ''feijão com arroz'' de sempre, as grandes emissoras. Claro que elas necessitam de capital, porém tem gente que quer trabalhar, trazer equipamentos de qualidade para um melhor desempenho e, por consequência, um maior número de ouvintes e não pode, já que está em uma emissora considerada pequena e em um meio que ainda não dispõe de grande prestígio. Não falo isso só pela emissora que presto serviços (Rádio Estação Web), mas por outras tantas pelo Brasil com um sem-número de profissionais competentes, dedicados, só que estão ''escondidos'' e muito disso graças ao desamparo midiático que sofrem.
O Milton Neves, há muito tempo, deu uma ótima sugestão em relação aos ''direitos'' de transmissão em sua coluna na revista Placar: o Governo Federal compra da FIFA/COI/CONMEBOL/ODEPA (por exemplo) e repassa às emissoras por um preço de acordo com suas condições, estrutura de transmissão e comercial para que, principalmente, respeite-se sobre o que consta no artigo 5º da Constituição e na Lei Pelé (no caso, sobre a transmissão em áudio) sobre liberdade de expressão, coisa que foi totalmente desrespeitada durante a Copa das Confederações (com ameaças de retirada de sinal do ar, multas, processos e tudo mais) e que, infelizmente, se nenhuma providência for tomada, deverá repetir-se na Copa do Mundo. Para o Mundial de Seleções de 2014, é cobrado um valor de R$ 1,5 milhão, aproximadamente, inviável para a maioria das emissoras de rádio do país, sem contar hospedagens, deslocamentos, aluguéis de estúdios no Centro de Imprensa (o famoso IBC, International Broadcasting Center), posições de transmissão no estádio (uma com três lugares para UM jogo custa mais de R$ 11 800,00. Se o Brasil for até a final e cada rádio daqui comprar uma posição dessas só em jogos da Seleção, gastará em torno de R$ 82 620,00) e outros gastos mais.
As web rádios não querem tomar o espaço de ninguém (ficar tentando bater de frente diretamente com Gaúcha, Bandeirantes, Itatiaia, Jornal do Commercio, por exemplo, não é muito inteligente...), mas ser uma alternativa de transmissão dos eventos tradicionais e dos pouco divulgados e de marketing para as empresas - independente do seu porte - para aos poucos, galgar espaço, divulgar grandes, médias e pequenas marcas, ter a chance de trazer pontos de vista distintos e vivenciar de perto os grandes eventos para melhor informar e, ao mesmo tempo, realizar o sonho de muitos profissionais que trabalham digna e honestamente no meio. Vale a pena investir nas web rádios!
PS: postei o texto no Facebook na noite de hoje. Como tem gente que não tem conta lá ou não é meu amigo nesta rede social, repito ele aqui no blog.
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