Não vejo diferença entre o livro do "Padre" (que de padre não tem nada) Lauro e esse documentário, duas bobagens pra tirar proveito de uma tragédia (isso que um canal como o Discovery não precisaria fazer isso). Tragédia que amanhã completa 3 meses apenas. Só de ver o trailer que está na matéria já sinto um aperto no peito. Os pais procuram por ajuda, vão à palestras, compram livros pra tentar entender o que aconteceu, amigos fazem homenagens, mas todos lidam com muita delicadeza do assunto, porque o tempo ainda não cicatrizou a ferida aberta que ficou (e talvez nunca cicatrizará) . E vai ter muita, mas muita gente que vai olhar, porque tragédias dão ibope, e o ser humano é a coisa mais podre que exite na face da terra. E o pior que ainda vai ter os que olharão e falarão que se tivessem ficado em casa não teria acontecido. Não é dessa forma que queremos mostrar ao Brasil e ao mundo os jovens que partiram, não é dessa forma que queremos que o dia 27 de janeiro seja lembrado, porque não fazer um documentário sobre como esses jovens eram, sobre como prevenir novas tragédias como essa. Não, mas as pessoas gostam de ver o sofrimento alheio, parece que sentem um certo "prazer" vendo o que aconteceu. Pedir que não olhem, é bobagem, porque a curiosidade vai ser maior que o impacto do que aconteceu. Eu só acho muito recente pra ficarem cutucando, mostrando em detalhes como foi. Isso não vai dar uma força as famílias, não vai dar uma palavra de incentivo, nós não precisamos ver o que aconteceu, entender se o fogo pegou primeiro em tal coisa, isso não vai trazer 241 sorrisos de volta. Nós precisamos ser melhores do que isso. Nós precisamos mudar. E mudar muito...
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