quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SEGUE O MOVIMENTO POLÍTICO! (QUER DIZER, A GREVE DOS PROFESSORES DO RS)

Em assembleia na tarde desta quinta-feira, parte dos professores da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul decidiu permanecer em greve. O CPERS denunciará quem está, de alguma forma, intimidando os profissionais grevistas. Centenas de estudantes e aproximadamente 3,5 mil educadores participaram do ato na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Houve uma tentativa de conversa com representantes do Governo, mas como não solicitaram formalmente antes, não foram atendidos. Sim, isso era certo! Não é assim, num estalo de dedos, que se consegue conversar com uma autoridade (por maiores que sejam os problemas).

Amanhã, a partir das 14:00, lideranças do CPERS se reunirão para definir os rumos da paralisação das atividades. Em nota, o sindicato diz que não será ''cúmplice de um governo que quer adaptar a educação pública às exigências do capital e do mercado". Ok! Mas o mercado de trabalho está extremamente exigente, quer dinamismo com conteúdo. É certo que alguns pontos da reforma no Ensino Médio faltaram ser debatidos, preparados, sendo polêmica a decisão, mas estamos sujeitos a mutações. Muda a moda, mudam as cidades, mudam as pessoas, os gostos, e não seria diferente com a educação. Tarso Genro se comprometeu em pagar o Piso, assim como qualquer um faria para ganhar votos. Talvez, seja a vontade dele, mas que entre na cabeça que o Rio Grande do Sul está quase falido! Está pedindo empréstimos para diversos órgãos. Se tivesse dinheiro, com certeza faria os ajustes necessários para acabar com tudo isso, não tendo a consequência de agora, que é uma greve inoportuna.

Se o CPERS não é ''cúmplice'' do governo, não fico de acordo com o movimento, que tenta tirar leite de pedra em uma hora tão crucial como é o fim de um ano. Ratifico minha contrariedade a greve e indico que ela termine o mais rápido possível, para o encerramento do ano letivo e para evitar maiores descontentamentos da sociedade contra os professores. Cânticos como: "o professor é nosso amigo / mexeu com ele, mexeu comigo" não vão adiantar em nada. É melhor ser digno do que ser taxado como baderneiro.

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